Rogério teve papel importante para empurrar rádio ligada a político condenado e preso, segundo site Estadão

Rogério teve papel importante para empurrar rádio ligada a político condenado e preso, segundo site Estadão

Conforme matéria nacional, veiculada pelo “Estadão”, nesta terça-feira, 06, produzida pela jornalista Júlia Affonso, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) teria ajudado a "destravar a concessão de uma rádio de Sergipe que estava parada no Ministério das Comunicações há mais de uma década”, segundo palavras da jornalista.

O site complementa: “A emissora foi idealizada pelo ex-prefeito de Capela Manoel Sukita. O ex-chefe do Executivo sergipano já foi preso, condenado por lavagem de dinheiro e improbidade administrativa e tem afirmado ser pré-candidato à prefeitura do município nas eleições de 2024”.

Neste momento, Manoel Sukita está ocupando a função de “superintendente” da emissora “Mega FM”, não fazendo mais parte do seu quadro societário.

Assim, foi destinado um percentual de cota para sua filha, de 24 anos. Teria sido uma exigência do sócio majoritário do empreendimento, o empresário Washington Silvestre, a não inclusão do nome de alguém que possui tantos litígios judiciais no seu CNPJ.

Em entrevista durante a festa de inauguração da rádio Mega FM, o senador Rogério Carvalho afirmou que teve uma “participação importante” na concessão da rádio, declarando também não ter deixado que o pedido de outros políticos, “dirigido ao ministro (Juscelino Filho, das comunicações), impedisse que essa rádio entrasse em operação”, frisou RC.

 

Diante de tais fatos, ficam algumas perguntas no ar:

- A autorização dada pelo ministério das comunicações para a rádio funcionar, não teria sido “concedida com base em parecer da Consultoria Jurídica, órgão técnico independente e vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU)”?

- Em pleno século XXI, a intervenção política ainda seria “moeda de troca” para conseguir concessão de emissoras, como era na época da ditadura militar?

Estas perguntas precisam de respostas claras e objetivas, para que não pairem dúvidas dobre todos os envolvidos.

Independente das respostas, uma coisa é lamentável: Como um senador da República, gasta tanta energia para conseguir a concessão de uma estação de rádio para um rico empresário e, também, para favorecer uma liderança política que já foi presa e condenada?

Porque não utilizar de seu prestígio, enquanto primeiro secretário da mesa do senado, para “destravar” mais recursos para Sergipe? Ou a prioridade do senador seria utilizar a nova emissora como um canal de críticas diretas ao governador?

O senador que agora festeja a conquista pessoal de empresário rico e político de passado reprovável, é o mesmo parlamentar que aparenta se incomodar quando um ministro sergipano, de forma republicana, destrava recursos federais para o governo Mitidieri?

Pelo visto, o "Empurra Mega!", que é o slogan da emissora, teria sido inspirado na postura do suposto padrinho, o qual é especialista de empurrar os seus mega interesses individuais.